quarta-feira, 7 de outubro de 2015

Fenômeno - Elemento - Coisa

Um fenômeno é um acontecimento observável, derivado da palavra grega phainomenon = observável. Segundo Kant, os seres humanos não podem saber da essência das coisas- em-si, mas saber apenas das coisas das quais possui experência, ou como nós as experimentamos. O conceito de "fenômeno" surgiu desta idéia e levou a uma tradição filosófica conhecida como Fenomenologia.

De uma forma geral, além do seu uso específico como termo de Filosofia, fenômeno é a definição de qualquer coisa observável. Os fenômenos constituem os dados em bruto da ciência, e são frequentemente construídos/alterados pela tecnologia.

Fenômenos, no entanto, não são apenas as coisas materiais que percebemos, imaginamos ou lembramos no dia a dia. Também não são, como supunha Kant, apenas as coisas naturais, estudadas pelas ciências da Natureza (física, química, biologia, astronomia, geologia, etc.). Fenômenos são também coisas puramente ideais ou idealidades, isto é, coisas que existem apenas no pensamento, como os entes estudados pela matemática (figuras geométricas, números, operações algébricas, conceitos como igualdade, diferença, identidade, etc.) e pela lógica (como os conceitos de universalidade, particularidade, individualidade, necessidade, contradição, etc.).

Além das coisas materiais, naturais e ideais, também são fenômenos as coisas criadas pela ação e pela prática humanas (técnicas, artes, instituições sociais e políticas, crenças religiosas, valores morais, etc.). Em outras palavras, os resultados da vida e da ação humanas – aquilo que chamamos de Cultura – são fenômenos, isto é, significações ou essências que aparecem à consciência e que são constituídas pela própria consciência.

A fenomenologia é a descrição de todos os fenômenos, ou eidos ou essências, ou significação de todas estas realidades: materiais, naturais, ideais, culturais.

Um fenômeno (Figura 1) pode ser caracterizado como um processo (comportamento) ou como uma estrutura, possui um estado num determinado momento do tempo, pode inteargir com outros fenômenos (a interação também é um fenômeno) e ser agrupado com outros fenômenos constituindo um sistema, que também é um tipo de fenômeno, todos esses acontecimentos são regidos por regras denominadas leis da natureza, que também são fenômenos da realidade.

Figura 1

Um fenômeno ou elemento/coisa (Figura 2) da realidade pode ser um:

  • objeto (entidade) é qualquer coisa que tenha existência própria na realidade;
  • interação (ligação ou relacionamento) entre elementos;
  • mudança é uma alteração no estado da realidade; e
  • transformação é um conjunto de mudanças relacionadas.



Figura 2

terça-feira, 6 de outubro de 2015

Visão do Mundo pré Platão - Mito e Realidade

O que é um Mito?

Quando estuda-se a jornada dos seres humanos, desde os tempos mais remotos até os dias atuais, percebe-se que sempre se preocuparam em buscar explicações sobre os fenômenos que ocorriam à sua volta.

O homem primitivo vivia em um mundo que ainda não compreendia e tinha de se defrontar com fenômenos que lhe causavam perplexidade,incredulidade, insegurança, ..., medo.
Para torná-los compreensíveis e, conseqüentemente, afastar o temor e a insegurança, desenvolveu uma espécie de modelo interpretativo da realidade, o mito, que explicava o mundo de forma alegórica ou poética, atribuindo a origem de tais fenômenos a deuses ou a seres que transcendiam os limites humanos.

O mito pode ser definido, assim, como um simbolismo, que dá ao homem condições de se apoderar do mundo e modela o seu comportamentos e assim, contribui para a perseverança do conhecimento e da cultura.

Homens de todos os tempos recorreram aos mitos para transmitir a experiência do mundo. Apesar de não se orientarem por um raciocínio lógico, essas narrações simbólicas são uma forma metafórica de transmitir conhecimentos que vão além das categorias do pensamento, mas são fundamentais para a sobrevivência do ser humano em meio a um mundo hostil. A mitologia baseia-se na crença de que existe um nível invisível, desconhecido por nós, que sustenta o que é visível. Os mitos nos abrem a dimensão do mistério do Universo.

No entanto, a noção de mito é complexa e mais rica do que essa posição redutora. Mesmo porque o mito não é exclusividade de povos primitivos, nem civilizações nascentes, mas existe em todos os tempos e culturas como componente indissociável da maneira humana de compreender a realidade.

A utilização de mitos representa a tentativa inicial do homem de conseguir uma “explicação da realidade”. Essa pretensão antecede à explicação filosófica.



A Filosofia, por sua vez, busca através da argumentação explicar a realidade com razão e lógica.

O termo mito, na maioria das vezes, refere-se a alguns relatos das civilizações antigas, tendo sido organizados em mitologias tendo como exemplo as mitologias: orientais, egípicia, grega, romana.

Todas as culturas modernas ou antigas têm seus próprios mitos, alguns dos quais são expressões particulares de arquétipos comuns a toda a humanidade.

Os principais tipos de mito, que correspondem a esses arquétipos são:


  • Mitos de criação;
  • Mitos de origem e destruição;
  • Mitos de tempo e eternidade;
  • Mitos de renascimento e renovação;
  • Mitos de providência e destino;
  • Mitos de seres superiores e seus descendentes; e
  • Mitos de transformação, inclusive os ritos de passagem.


As característica comuns e marcantes em todas as mitologias podem ser vistas na figura abaixo:
Existem dois mundos: o Mundo Mitológico e Mundo Real;


  • O Mundo Mitológico é composto de mitos;
  • O Mundo Real é composto de fenômenos; e
  • Os mitos explicam os fenômenos e Mundo Mitológico explica o Mundo Real.

sábado, 3 de outubro de 2015

Ontologia

O estudo do Ser. Para muitos filósofos o objetivo fundamental da filosofia está na compreensão integral da realidade, isto é, do Ser. Mas o que é o Ser? O ente? a substância? os acidentes? a essência? a existência?

Estes são alguns conceitos fundamentais que os filósofos foram criando para se referirem a tudo o que é, tem ser ou participa do ser.

Cosmogonias

Uma das questões decisivas da cosmologia foi sempre a da origem do cosmos. A religião foi a primeira a assumir este tema, depois a filosofia e por fim coube a vez à ciência.

1. Cosmogonias religiosas 

A explicação da origem do cosmos é na maioria das religiões um dos seus temas centrais, conferindo sentido não apenas ao mundo, mas também à existência da vida humana.


  • Os gregos acreditavam que a realidade era um todo organizado (cosmos), formada por intervenção divina a partir de um caos inicial. A matéria era eterna, o que se modifica é a sua forma.
  • O judaísmo e o cristianismo concebem a formação do mundo como a manifestação da vontade de Deus. Tudo foi por Ele criado a partir do nada (creatio ex nihilo). Poderia portanto não existir, ou poderá deixar de existir. Tudo depende da vontade de Deus.
  • O islamismo no essencial mantém esta cosmogonia judaico-cristã.


2. Cosmogonias Filosóficas

A explicação da origem e funcionamento do cosmos foi o tema comum aos primeiros filósofos. Qual o tipo de matéria inicial e como se foi estruturando eram as grandes questões iniciais. Até aos nossos dias muitos filósofos têm desenvolvido teorias cosmogónicas.

3. Cosmogonias Científicas

A ciência moderna trouxe consigo um novo tipo de cosmogonias, as que estava conformes aos conhecimentos científicos que predominam numa dada época.


  • Universo Estático. Nos séculos XVII e XVIII predominou a concepção do universo como um relógio. Criado e posto a funcionar por Deus, mantinha-se inalterável e funcionava segundo leis imutáveis. Galileu, Descartes e Newton foram três dos principais obreiros desta cosmogonia.
  • Universo Evolutivo (I). Em meados do século XVIII, começam a surgir as primeiras teorias sobre a criação do cosmos a partir de uma massa caótica inicial.A intervenção divina é secundarizada ou suprimida. Diderot e Kant foram dois percursos destas teorias. No século XIX Lamarck e Darwin estenderam estas concepções evolutivas à espécie humana. A criação do universo é atribuída a uma dinâmica interna da matéria fruto de uma sucessão de felizes acasos.
  • Universo Evolutivo (II). Em 1929, Edwin Hubble, após vários anos de observações dos céus com o telescópio de Mount Wilson, anunciou a teoria que o irá marcar o aparecimento das novas cosmogonias:. As galáxias estão a afastarem-se entre si. Após a IIª. Guerra Mundial George Gamow, provavelmente influenciado pelas recentes explosões atómicas, apresenta a tese do "Big Bang": o universo quando a matéria atingiu um elevado estado de compressão, entrou numa fase muito instável, o que terá desencadeado uma explosão que deu origem ao seu actual estado. Esta teoria em virtude das descobertas, em 1965, de possíveis vestígios de radiações iniciais do universo, tornou-se na principal teoria cientifica sobre a origem do universo.

Apesar de todas as teorias cosmológicas construídas ao longo da história da humanidade, as grandes questões continuam por explicar. "De Onde Viemos ?", continua a ser hoje tão enigma como há 100 mil anos atrás. A grande diferença está na atitude como a encaramos. Antes a questão mobilizava povos inteiros e era susceptível de infundir medo perante o desconhecido. Hoje tornou-se matéria de investigação e reflexão de especialistas.

Cosmologia - Ciência

No século XX a cosmologia constituiu-se também como uma ciência. Trata-se de um ramo da física que estuda a forma geométrica do mundo e as suas leis gerais. É interessante constatar que muitos cosmólogos se entregam a especulações que se aproximam mais da metafísica do que da ciência.

Cosmologia - Filosofia

A cosmologia, enquanto disciplina filosófica, procura compreender o mundo num elevado grau de abstração. 

Trata de conceitos como a "quantidade", o "número", o "lugar" e o "espaço", o "movimento", o "tempo", as "qualidades", a "natureza dos corpos", as "propriedades da vida e a sua origem", etc.

É também designada por Metafísica especial, ou numa perspectiva mais restrita, Filosofia da Natureza.

A cosmologia filosófica pode ser dividida em três períodos fundamentais:


  • período clássico, medieval e renascentista ( de Platão a Descartes) está centrada no problema da origem e no princípio primordial da natureza ou cosmos;
  • período moderno (de Descartes a Einstein) está centrada na problemática da astronomia e na crítica às deduções à priori; e
  • período contemporâneo (de Einstein aos nossos dias) centra-se na discussão das grandes questões colocadas pela física moderna e na análise lógica das proposições e conceitos científicos com implicações sobre a cosmologia. A especulação filosófica cedeu terreno à epistemologia.

Realidade - Linguagem - Problema dos Universais

Muitas questões tem sido colocadas a propósito das relações da linguagem com a realidade.

Um dos problemas centrais trata-se da natureza ontológica dos universais, também designados por noções genéricas, ideias, entidades ou conceitos.

Será que as palavras ou as ideias têm valor ontológico, ou têm apenas um valor semântico?

Um conceito ou ideia traduz a essência comum a todos os seres da mesma espécie ou é apenas uma palavra?

Estas e outras questões apaixonaram os homens medievais, originando três correntes fundamentais:

  • os conceptualistas, os nominalistas e os realista;
  • os conceitualistas afirmavam que os conceitos universais apenas existem na nossa cabeça, são ideias abstratas. Não são meros nomes, nem algo concreto; 
  • os nominalistas afirmam que os universais são simples palavras, meros símbolos convencionais que usamos para designar grupos de seres. As únicas coisas que existem são individuais, os nomes são abstrações; e
  • os realistas afirmam, pelo contrário que os universais são entidades eternas, imutáveis e inteligíveis como as ideias de Platão.

Realidade - Modelo - Visão Filosófica

Uma das formas tradicionais de encarar a realidade é vê-la como o resultado de um processo de abstração (modelo).

Podemos distinguir os seguintes tipos de Modelos:

  • Modelo como experiência direta das coisas na sua singularidade (Imagens): cada coisa da realidade é única e irrepetível nas suas propriedades;
  • Modelo como uma nomeação das coisas (Termos): ao nos referimos as coisas da realidade utilizamos os termos representando conceitos que nos são dados pela linguagem que usamos. Estes conceitos são o produto de um processo de abstração, através da qual determinamos o que há de essencial em elementos/fenômenos de uma mesma espécie;
  • Modelo como estudo científico das coisas (Teorias): cada ciência nos dá uma visão própria da realidade, não a realidade como ela é, mas sim como é vista ou construída numa dada comunidade científica. Estamos perante um processo de abstração mais elevado que aquele que encontramos na linguagem corrente; e
  • Modelo como um produto da metafísica: na filosofia construiu-se o processo mais abstrato de estudar a realidade, trata-se da metafísica. A realidade é encarada como um Todo, para além de todas as determinações. A metafísica pode dividida em duas disciplinas filosóficas fundamentais: Cosmologia: Estuda o mundo, abstraindo-se do fato dos seres serem ou não vivos. Ontologia: Trata do "ser enquanto ser".


Realidade - Visão Filosófica - Tipos de Realidade

A distinção entre realidade e aparência sempre foi um dos problemas centrais da filosofia. Foi colocada pela primeira vez por Parmênides, no século VI a.C.

Entende-se por realidade tudo aquilo que existe ou é, por oposição aquilo que designamos por nada, aparência, ilusão, desejo, projeto.

A questão - o que é a realidade?, tem originado diversas correntes filosóficas, cada uma traduzindo uma concepção da mesma.


  • Realidade Sensorial: O homem comum tende a associar a realidade com aquilo que pode ser empiricamente observado. A realidade existe independentemente da consciência dos indivíduos. Basta olhá-la para a descobrir e captar na sua totalidade. A realidade é assim algo que existe independente da consciência dos indivíduos. Esta posição traduz-se na crença que só as coisas observáveis são reais. Neste sentido, tudo o que não pode ser captado através dos sentidos tende a ser negado, ou é tratado como um produto da imaginação.
  • Realidade Científica: A ciência propicia uma visão objetiva da realidade. Para isso o cientista utiliza método e ferramentas apropriados ao seu objeto de estudo. Seleciona "fatos" e "acontecimentos", e interpreta-os de acordo com um dada teoria (modelo). A realidade para a ciência é assim uma construção, nunca é algo dado. Mas esta realidade é real? A questão prende-se com o conceito de objetividade e de realidade com que trabalham os o cientistas. É real tudo aquilo que pode ser observado por mais do que uma pessoa, e pode ser portanto objeto de um consenso de percepção e em especial pode ser provada (ou refutada) experimentalmente. Se seguirmos os procedimentos adotados, em princípio, chegaremos todos à mesma visão da realidade. A legitimidade destas visões duram enquanto durar o acordo com os resultados das observações e das experiências. Nada na ciência é eterno, todas as explicações são válidas até serem refutadas.
  • Realidade Ideal: A realidade não se confunde com as imagens efêmeras das coisas que percebemos por meio dos sentidos. A verdadeira realidade é a da ordem das ideias. Só nestas poderemos encontrar algo imutável e eterno. A verdadeira realidade está nos próprios indivíduos e não nas coisas. Parmênides e depois Platão de forma sistemática, sustentaram esta concepção do real. Outros filósofos desenvolveram concepções idênticas. Berkeley, no século XVII, sustentou que a única realidade que existia era a das nossas percepções.

Complexidade Crescente do Mundo da TI

Com as mudanças cada vez mais rápidas no mundo dos Negócios, o mundo da Tecnologia da Informação (TI) tem que evoluir, novos projetos surgem a todo instante trazendo um grau de complexidade crescente, com bastante inovação tecnológica.

Assim, o profissional de TI precisa não só manter-se atualizado com frequência, mas também manter organizado o controle desses projetos.

Ao longo desses últimos 40 anos surgiram diferentes estilos de arquitetura para a TI nas empresas.

A figura abaixo, mostra as diferentes abordagens de arquitetura que apareceram nas últimas décadas, onde se evidencia uma crescente complexidade.


Figura 1 - Estilos de Arquitetura de TI ao longo dos últimos anos

Complexidade Crescente do Mundo dos Negócios

O crescente aumento da complexidade dos negócios, principalmente em decorrência do processo de globalização e da velocidade das inovações tecnológicas, tem apontado outros caminhos para as empresas conquistarem espaço no mercado e no imaginário dos consumidores, cada vez mais conectados à Internet, mais ativos e exigentes nas interações com as organizações.

Os desafios decorrentes destas mudanças e transformações ambientais podem afetar as organizações de diversas formas, exigindo de seus gerentes decisões a cada instante buscando sua sobrevivência e crescimento:

  • globalização da economia e mercados,
  • internacionalização de empresas,
  • avanços na tecnologia da informação,
  • necessidade crescente de satisfação dos clientes, e o
  • acirramento da concorrência empresarial, são alguns dos fatores que tendem a desafiar constantemente as organizações.

Realidade

Realidade (do latim realitas isto é, "coisa") significa, para o senso comum, "tudo o que existe" e pode ser observado.


A visão que temos da realidade a nossa volta, nada mais é do que uma representação pessoal (subjetiva) e única da mesma. A mente faz uma representação (modelo) da realidade (como num desenho), que não é a realidade em si (o objeto desenhado). É uma metáfora (modelo) do que acontece entre nossa mente e a realidade. Essa representação (modelo) é construída por nossas experiências e pelas avaliações que fazemos delas. É composta pelo conjunto de nossas crenças. Algo que você acredita sem contestar.

Segundo o Dr. Beyerstein, B. L., a realidade nada mais é do que um rico modelo mental do mundo externo criado pelo cérebro.


Nós percebemos o mundo dentro de nós. Os nossos cinco sentidos recebem certo estímulo externo e o transferem ao cérebro, onde ele é processado, formando a nossa imagem do mundo (modelo); nós não percebemos nada fora desse quadro. O mundo "que conhecemos" é o resultado de nossas reações às influências externas. O mundo "em si" é desconhecido. Nós só percebemos dentro da escala à qual estamos sintonizados. A nossa percepção do mundo é completamente subjetiva. Nós compreendemos nossas próprias reações a algo supostamente manifestado fora de nós, mas será que alguma coisa realmente acontece lá fora?



“Como podemos ter certeza de que o Universo à nossa volta realmente existe? E como nós podemos saber que o mundo que vemos corresponde ao que qualquer outra pessoa vê?”. A questão é que nossos sentidos e, consequentemente, nossas percepções, são falhos. O que você vê é, na verdade, um produto criado por seu cérebro, que filtra infinitas informações, a todo momento, para que você construa uma visão de mundo útil. Esse tipo de filtro é importante para que consigamos selecionar todas as informações de que dispomos e possamos nos ater ao que é mais importante.

Chega-se enfim a grande questão: "No coração da realidade não existe uma resposta e sim uma pergunta - Porque existe alguma coisa ao invés de nada ?" [John Horgan]

Realidade como conjunto de fenômenos (elementos)

A realidade - segundo a abordagem Fenomenalista - é algo que é percebido e abstraído como um conjunto de coisas (fenômenos), onde o que se percebe são os estados dos fenômenos que a constituem, tudo o mais são meramente abstrações (idéias, conceitos) construídas a partir da observação desses estados das coisas (fenômenos, elementos) da realidade.

Buscamos entendimento sobre estes fenômenos para podermos sobreviver. Fazemos isso procurando classificá-los segundo suas características, medindo os valores dessas características, visualizando-os segundo diferentes aspectos (domínios, dimensões, níveis) criados por nossa mente.

O cérebro humano capta inúmeras imagens da realidade, interpreta-as e, por meio delas, "cria a sua própria realidade". Assim sendo, elementos não sujeitos as leis do espaço e do tempo - conceitos que constituem modelos - são integrados aos elementos da realidade em nossas mentes.




Pode-se, então, definir a realidade como sendo composta de fenômenos(elementos) que se especializam em objetos (entidades) e interações (relacionamentos) envolvendo estes objetos. As interações emergem (surgem) dos objetos elas não existem sem os objetos que a constituem.



Este modelo pode ser estendido com o acréscimo de outros tipos de fenômeno: as mudanças e as transformações. A figura abaixo mostra estes novos elementos elementos destacando que as mudanças emergem das interações e as transformações emergem das mudanças.

Adicionalmente destaca que objetos e interações são elementos estruturais (formam a estrutura) da realidade e que as mudanças e transformações são os elementos comportamentais (formam o comportamento) da realidade.